O município de Edéia emergiu às margens do tranquilo córrego Alegrete no ano de 1913, quando três aventureiros, Cândido Martins da Rocha, Leandro Martins dos Anjos e José Alves de Faria, lançaram as sementes de uma povoação que viria a florescer. Inicialmente batizada como Santo Antônio do Alegrete, depois simplificada para Alegrete e, por fim, abraçando o nome Edéia, essa região carrega consigo uma aura de mistério sobre a origem de sua denominação. Dentre os contos populares, um relato sugere que durante uma reunião para escolher o nome da cidade, um homem exclamou “tive uma Edéia”, e assim ficou registrado. Entretanto, nenhuma das versões foi oficialmente reconhecida.
Os pioneiros ergueram modestos estabelecimentos nas proximidades dos rios Turvo e dos Bois, dando os primeiros passos rumo ao progresso. No entanto, o contorno urbano começou a se delinear verdadeiramente com a construção da Igreja de Santo Antônio, um marco que conferiu um caráter mais urbanizado à Edéia. A cidade, durante anos, existiu como distrito de Palmeiras de Goiás, alçando a categoria de município apenas em 1948, assim desbravando uma nova página na história local.
A jornada rumo ao progresso desdobrou-se de forma gradual. Comerciantes se estabeleceram para atender à crescente população, mesmo que em condições desafiadoras. Quando as necessidades ultrapassavam o básico, os pioneiros se aventuravam em uma árdua jornada até Goiânia, enfrentando as adversidades das estradas da época.
A economia da região sempre se sustentou na agropecuária, abrangendo a criação de bovinos, produção de leite, cultivo de milho e soja. Essa foi a base do desenvolvimento, fornecendo suprimentos e equilibrando as demandas da cidade. Foi somente a partir da década de 1970 que Edéia acelerou sua trilha de progresso.
A introdução da cultura da cana-de-açúcar revolucionou a economia local, atraindo indústrias que injetaram novo vigor em Edéia. Com uma população de cerca de 12 mil habitantes e crescimento contínuo, a cidade se tornou um ímã para oportunidades. Nomes como a usina BP – Tropical Bioenergia e a chegada da Votorantim trazem fôlego novo para a região, acolhendo trabalhadores de diversas partes do país.
O comércio foi um dos setores que mais se beneficiou dessa nova era industrial, florescendo e conferindo à cidade uma nova identidade. Os frutos dessa evolução são abundantes: Edéia ostenta uma infraestrutura sólida, estradas pavimentadas, iluminação eficiente e abastecimento de água tratada. A educação também ganha destaque, com sete escolas entre públicas e privadas, além de uma faculdade com cursos técnicos. Edéia até disponibiliza ônibus para levar alunos para cidades vizinhas, garantindo acesso a cursos que talvez a cidade não ofereça, resultando em profissionais mais capacitados que contribuem para o crescimento da região.
Em meio a esse contínuo progresso, Edéia conquista a todos, acolhendo aqueles que tiveram o privilégio de acompanhar sua trajetória. O amor por Edéia é enraizado em cada indivíduo que testemunhou essa jornada, um sentimento que reverbera em meio ao dinamismo de uma cidade que, em sua constante evolução, escreve uma história de prosperidade e esperança.
Fontes: https://goiasdenorteasul.com.br/
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