No coração do Brasil, onde as histórias ancestrais se misturam com o progresso moderno, encontra-se uma região marcada por um passado que deu origem a um presente vibrante. O início do povoamento dessa terra singular foi na fazenda Água Limpa, um pedaço de terra doado generosamente a Santa Luzia em 1927, um gesto que semeou as raízes de uma comunidade que floresceria com o tempo.
O ano de 1929 trouxe consigo não apenas uma promessa, mas um elo profundo entre os proprietários de terras e suas crenças. Diante das ameaças e desafios da passagem dos revoltosos, esses visionários fizeram uma promessa a Nossa Senhora da Abadia e Santa Luzia, buscando proteção para suas propriedades e o bem-estar de suas vidas. Comprometidos com essa promessa, eles ergueram uma capela, um local sagrado que se tornaria o marco fundador do povoado que emergia.
Assim, nasceu Água Limpa, um nome que não apenas ecoava nas águas que corriam por ali, mas também nos corações daqueles que acreditavam em construir um futuro melhor. Em um dia marcante, 4 de janeiro de 1935, esse povoado recebeu a notícia de sua elevação a distrito, um marco oficial que trouxe orgulho e esperança aos seus habitantes. Através do Decreto-Lei nº 113, o sonho estava mais próximo de se tornar realidade.
Mataúna, um lugar que também carregava histórias e sonhos, tornou-se o município ao qual esse distrito estava subordinado. E no dia 6 de março desse mesmo ano, as ruas daquela comunidade se encheram de celebração, pois a instalação do distrito era um testemunho do compromisso de todos os envolvidos em construir algo duradouro.
A visão de progresso se tornou ainda mais evidente quando a rodovia Goiânia-Rio Verde começou a se materializar a partir de 1936. Estrada após estrada, a região foi gradualmente ligada a um mundo maior, e esse novo acesso trouxe um impulso que reverberou por toda parte. O progresso não era apenas uma ideia distante, mas uma realidade tangível que impulsionava a comunidade para frente.
O ano de 1943 trouxe uma reviravolta na história do lugar, quando o Decreto-Lei Estadual nº 8305 trouxe uma nova identidade para a cidade. O nome Jandaia foi escolhido, inspirado pela abundância de pássaros da espécie Maritaca Jandaia que preenchiam os céus. Esse nome ecoava a harmonia com a natureza e a diversidade que caracterizavam a região, um símbolo de unidade entre o homem e o mundo natural que o cercava.
Hoje, olhando para trás, a história de Jandaia é um lembrete de como um gesto de doação e uma promessa podem desencadear uma jornada de crescimento e transformação. Das terras doadas à capela erguida, das estradas construídas ao nome escolhido, cada capítulo é um testemunho do espírito resiliente e determinado de uma comunidade que transformou desafios em oportunidades. E assim, Jandaia continua sua trajetória, honrando suas origens enquanto avança rumo a um futuro cheio de promessas.
Fontes: https://goiasdenorteasul.com.br/
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